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Vem aí os gêmeos digitais, ou mundos espelhados

São representações de produtos e serviços que permitirão “sentir” o ambiente virtual e auxiliar as empresas nos complexos processamento de dados

Sergio Damasceno Silva
3 de março de 2022 - 13h55

Tecnologia interativa e colaborativa permite a criação de duplos ou duplicatas virtuais para ajudar as empresas a processar dados de diferentes fontes (Crédito: Sérgio Damasceno)

Você já ouviu falar no conceito de “gêmeos digitais” ou “espelho” no ambiente móvel? Como forma de melhorar experiências com produtos e serviços, marcas sempre estão atrás de inovações em tecnologia para ajudá-las a conseguir isso. Os gêmeos digitais e mundos espelhados (ou apenas espelhos) oferecem exatamente essa solução. Essa tecnologia interativa e colaborativa permite a criação de duplicatas virtuais (gêmeos) precisas do mundo físico que capacita empresas para coletar, visualizar e contextualizar dados de diferentes fontes. A ferramenta também permite que as empresas ajam com base nos dados, entendam cenários hipotéticos e testem virtualmente soluções em ambiente digital, sem riscos.

Esse é um dos temas debatidos durante o MWC, mas que está, ainda, reservado ao futuro, com a posterior chegada das redes 5G-Advanced e 6G. Pois é com essas redes que o usuário da nova internet (ou metaverso) terá a capacidade de “sentir” o ambiente. A tecnologia dessas redes permitirá a detecção de pessoas e objetos que cria um ‘espelho’ ou ‘gêmeo digital’ do mundo físico em combinação com outras modalidades de detecção. E marcas e teles estão de olho nesses “gêmeos digitais” para criar representações dinâmicas de qualquer processo, produto ou serviço.

É o que afirma a vice-presidente de AR e VR da Unity, Timoni West. A executiva diz que a maioria dos gêmeos digitais usa a combinação de aprendizado de máquina (machine learning), dados de sensores e 3D em tempo real para gerar simulação digital de qualquer entidade física. “Os gêmeos digitais têm um amplo apelo e alcance em todos os setores, incluindo manufatura, comércio eletrônico, arquitetura ou aeroespacial. Em última análise, todas essas indústrias enfrentam os mesmos desafios: a necessidade de ter pessoas em todas as disciplinas e locais para projetar, projetar, construir, vender e eventualmente operar e manter esses sistemas físicos complexos”, explica.

Um gêmeo digital, afirma, ajuda as pessoas e empresas a tomar decisões mais fundamentadas com o objetivo de economizar tempo e, obviamente, reduzir custos. Os gêmeos digitais são a geração ou coleta de dados que representam um objeto físico e são projetados para ajudar as empresas a entender grandes quantidades de informações variadas e recomendar resultados. A própria Unity usa realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) em seus gêmeos digitais, que não são, necessariamente, dependentes das tecnologias. AR e VR são ferramentas que dão ao usuário uma maneira mais fácil de compreender dados em tempo real, em vez de simplesmente olhar para uma tela de computador. “Se construo um prédio, a AR pode me ajudar a mostrar o projeto para outras pessoas em tempo real, diretamente do local”, exemplifica Timoni.

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