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Telefónica defende metaverso em parceria com a indústria móvel

José Maria Alvarez-Pallete, CEO da empresa e chairman da GSMA, destacou a necessidade de que, pelo menos, 50% do tráfego de dados traga retorno para quem investe na infraestrutura

Victória Navarro
3 de março de 2022 - 12h07

Um espaço virtual compartilhado, imersivo e realista, em que as pessoas podem ser, fazer e construir o que quiserem. O metaverso surgiu, em 1992, no livro de ficção científica Snow Crash, do escritor Neal Stephenson. Nele, na vida real, o personagem Hiro Protagonist é um entregador de pizza e, na virtual, um hacker samurai. Mais tarde, em 2003, a empresa Liden Lab lançou o jogo Second Life, que cria um ambiente virtual em 3D em que é simulada a vida real. Entretanto, o termo ganhou destaque em 2021, após anúncio do desejo do Facebook em tornar-se uma empresa de metaverso, em até cinco anos. No Mobile World Congress, maior evento móvel do mundo realizado em Barcelona (Espanha), José Maria Alvarez-Pallete, CEO da Telefónica e chairman da GSMA, organização que representa os interesses das teles em todo o mundo, afirmou que esta realidade virtual só será possível graças ao setor de telecomunicações: “Não é tempo de conflito. É de colaboração”.

No MWC, Telefónica explora o papel do 5G no metaverso (crédito: Sergio Damasceno)

Segundo o profissional, quando se fala em metaverso, “é preciso que se crie um ambiente que traga valor para todos. Queremos ter os direitos de competição iguais aos dos nossos competidores”. José Maria destacou a necessidade de que, pelo menos, 50% do tráfego de dados traga retorno para quem investe na infraestrutura. As redes de quinta geração de telefonia móvel (5G) são cruciais para o metaverso. A tecnologia funciona por meio de ondas de rádio, com espectro maior do que as bandas anteriores. “Estamos vivendo uma nova era e telecomunicações tem um papel central para que tudo funcione”, adicionou.

“A web 3D, atualmente, nos permite aproximar o metaverso de todos os usuários em um formato de fácil acesso, sem perder a liberdade de socialização, exploração ou interação que ela nos oferece. Um passo para escalar em paralelo com as tecnologias que vão povoar o metaverso mainstream nos próximos anos, como realidade virtual e mista”, afirmou Edgar Martín-Blas, CEO da Virtual Voyagers, empresa que desenvolveu o projeto para a Telefónica para o MWC. 

Startups no metaverso
Por meio de seu hub de inovação Wayra, a Telefónica anunciou o Open2metaverso. Em apresentação no evento paralelo Four Years From Now (4YFN), Chema Alonso, chief digital officer da companhia, explicou que a iniciativa é uma chamada de busca global para apoiar empresas com as melhores tecnologias com aplicações de metaverso que procuram crescer rapidamente em escala global. Wayra se concentrará em empresas que estão desenvolvendo conectividade, dispositivos, plataformas virtuais, ferramentas de identidade, NFTs e marketplaces.

Ademais, Chema comunicou uma colaboração entre Telefónica e Meta, a fim de expandir e explorar formas de promover inovação em conectividade. Juntas, as empresas almejam estabelecer um centro de inovação do metaverso para contribuir com casos de uso. Chamado de Metaverse Innovation Hub, a Telefónica e a Meta planejam fornecer a startups e desenvolvedores locais acesso a um laboratório 5G inovador, onde poderão usar um banco de testes metaverso de ponta a ponta na infraestrutura e equipamentos de rede de ambas as empresas.

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