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Problemas de conectividade afetam cidades inteligentes

Profissionais do mercado móvel afirmam que 5G será distribuído em ordem de prioridade, baseada em densidade e demanda

Victória Navarro
1 de março de 2019 - 4h30

Como levar 5G às cidades? Essa foi umas das perguntas debatidas no Mobile World Congress. Assim como acontece com as relações anteriores da indústria com novas tecnologias sem fio, a quinta geração de telefonia móvel deve ser distribuída em ordem de prioridade, baseada em densidade e demanda. Com o surgimento do 5G, haverá inúmeros locais sem fácil conectividade, incluindo áreas urbanas, onde o número de conexões excederá a capacidade suportada pela tecnologia, e áreas rurais, onde a construção da infraestrutura não é rentável. No entanto, a oportunidade para as operadoras serem muito mais do que provedores de conectividade nas cidades de amanhã é enorme.

(Crédito: Fancycrave/Pexels)

Segundo Mrinalini Ingram, vice-presidente de comunidades inteligentes da Verizon, a indústria de cidades do futuro está evoluindo. O processo de criação, antes voltado na elaboração de novos serviços — primeira fase –, passa a se focar no desenvolvimento de soluções inovadoras — segunda fase — e, consequentemente, na implementação de fato da ideias construídas — terceira fase. No entanto, de acordo com a profissional, muitas cidades estão presas na segunda fase, porque não possuem infraestrutura necessária ou plataforma adequada.

O vice-presidente e gerente geral de cidades inteligentes da AT&T, Michael Zeto, concordou que a escala é essencial para o mercado perceber avanços no segmento e criar ambiente urbanos mais seguros e habitáveis. Já Dan Rabinovitsj, vice-presidente de conectividade do Facebook, destacou que os governos municipais não têm orçamentos para gastar em vários aplicativos, portanto, todo serviço nas cidades inteligentes precisam ser monetizados. “As cidades necessitam sentir que estão fazendo parcerias com empresas que não estão tentando drenar recursos. Estamos vendo algumas cidades tomarem a iniciativa com parcerias público-privadas. Eu desafio todos as operadores na sala a pensar em como podem fazer parcerias com as cidades, para fornecer ferramentas como painéis capazes de integrar sistemas diferentes”, disse.

Jane Rygaard, diretora de marketing para redes móveis da Nokia, acrescentou que cada parte de uma cidade inteligente tem diferentes requisitos e necessidades de conectividade. Ela acha que nem todo serviço tem que gerar receita, pois muitos focam nos ganhos de produtividade e gostariam de ver mais atenção dada à melhoria da eficiência energética e à adoção do pensamento ecológico em implantações.

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