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MWC 2019: welcome aboard

Embarcamos para Barcelona na expectativa de encontrar uma indústria brigando para manter as vendas de hardware aquecidas, enquanto as empresas de conectividade vêm sendo cada vez mais desafiadas


22 de fevereiro de 2019 - 12h04

(Crédito: David Ramos/Getty Images)

O que esperar da maior feira de mobile do mundo no ano em que o principal fabricante de smartphones anuncia sua primeira queda de venda de aparelhos? Ou no período em que o modelo de negócios de operadoras vem sendo desafiado? E no qual, ao mesmo tempo, o smartphone foi eleito como o principal canal de disrupção de diversas indústrias?

Está aí o cenário para uma arena de novidades, tendências e oportunidades que podem ir muito além de celulares e provedores de acesso.

No que diz respeito ao “core” da feira, vindo de 2018, o ano em que termos como “teleservices” surgiram para definir o novo jogo para as operadoras, embarcamos para Barcelona na expectativa de encontrar uma indústria brigando para manter as vendas de hardware aquecidas, enquanto as empresas de conectividade – que lutam por um ARPU de serviços maior – vêm sendo cada vez mais desafiadas.

O mais interessante desse novo momento, e confesso ser a parte que mais gosto de acompanhar no Congresso, são empresas que começam a cruzar fronteiras, entrando em novos territórios, descobrindo novas oportunidades de negócios com propostas de valor e abordagens diferentes.

Exemplos disso são as telcos atuando como financeiras e estas oferecendo serviços de telecomunicações. Vemos também fabricantes incorporando serviços e conteúdo, enquanto empresas de serviço criam seus hardwares. Vemos operadoras de telecomunicação virando empresas de mídia e vice-versa, e o mesmo acontecendo com varejistas que, nos dias de hoje, acabam sendo empresas de tecnologia e também entram com força no mundo da mídia.

Ufa! Em resumo, assim como as placas tectônicas que de tempos em tempos precisam se acomodar, as grandes empresas estão se movimentando de formas nunca vistas antes, em busca de otimizar sua base de clientes para crescer ou até sobreviver. É como se toda indústria estivesse criando os seus SVAs, dinâmica que surgiu justamente nas telcos e já foi pauta várias vezes no MWC.

Todos esses movimentos criam espaço e oportunidade para novas ideias e novas empresas. Acho que esta seja, talvez, a minha maior expectativa e motivo de ir ao MWC: ver como, globalmente, empresas e empreendedores estão analisando esse mercado e criando oportunidades.

Sempre digo que o mais interessante do evento é minerar novidades pelos corredores, stands e bate-papos. Sair do ar condicionado e ir para infantaria, ou em semana de Carnaval, ficar na pipoca!

Conhecer, conversar e entender a visão de várias pequenas e médias empresas a respeito do mercado atual e sobre o futuro, e compreender as ideias que estão surgindo num mercado enorme e em plena mudança.

Mas qual mercado nesse caso? Telecom? Não, meus amigos. Isto é o mais intrigante. Como Mobile e Big Data são hoje pontos essenciais para inovação e evolução, quando não disrupção, de quase todos os segmentos da economia, ideias e mudanças que surgem por lá podem impactar praticamente todos os mercados.

Convencido a embarcar com a gente nessa viagem?

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