7 de março de 2022 - 15h58
O 5G entrou definitivamente no Brasil. A partir do leilão realizado em novembro do ano passado pela Anatel, as operadoras de telefonia começaram a investir em infraestrutura para levar a rede de quinta geração para todo o país. As grandes cidades brasileiras já terão tecnologia 5G até julho deste ano. E depois segue com a expansão para o interior. Abram alas para o 5G passar! E, com ele, virão avanços em várias áreas.
De maneira geral, a transformação que o 5G trará para a sociedade está na sua capacidade de oferecer um meio para que informações sejam compartilhadas com rapidez e baixas latências. Um exemplo de aplicação do 5G é na medicina. Com ele, hospitais do mundo inteiro poderão se conectar, compartilhando informações e conhecimentos armazenados e, consequentemente, melhorando o atendimento aos pacientes. E vamos ainda além: com a implementação das redes standalone, será possível realizar até cirurgias à distância.
As altas velocidades de processamento junto com as baixas latências poderão ajudar na indústria de carros autônomos, que precisa dessa rápida conectividade fornecida pelas redes 5G para processar informações e tomar decisões em tempo real com precisão.
Outra aplicação está na indústria de IoTs e na construção de smart cities (cidades inteligentes). Essas são áreas que serão beneficiadas com a construção das redes de 5G standalone. Depois que tivermos essa infraestrutura 5G, os dispositivos IoT não precisarão ser compatíveis com redes de gerações anteriores, o que poderá baratear e popularizar essa tecnologia. E, com isso, veremos o surgimento de cidades inteligentes, que necessitam de redes estáveis, capazes de ligar com enormes quantidades de informação em altas velocidades e baixas latências.
Mas um ponto que é super importante reforçarmos aqui: as inovações que serão desenvolvidas a partir da rapidez de conectividade do 5G não vão substituir o ser humano. As redes foram desenvolvidas e serão gerenciadas por pessoas de verdade. Para um médico operar à distância, por exemplo, ele ainda precisa ter formação em medicina. Para pilotar um carro autônomo, você precisa saber dirigir, e por aí vai. Essas situações parecem óbvias, mas a discussão fica mais dividida quando falamos em uma perspectiva de futuro e pode gerar equívocos de interpretação, já que nada substitui o nosso conhecimento.
O lado humano é a ferramenta de empoderamento mais forte que temos hoje. Tudo o que ainda iremos desbravar em termos de aplicações do 5G, será pensado por profissionais, pesquisadores e outros especialistas com o intuito de nos conectar e nos aproximar cada vez mais e não nos excluir. E apenas o lado humano pode liberar totalmente esse potencial, direcionando nosso olhar para usar a tecnologia como uma ferramenta para resolver problemas e atenuar desigualdades.
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