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Robôs garçons, de guarda e vigilância são atração do MWC

Se foram os carros, voltaram os celulares e, com a 5G completamente operacional, apareceram os robôs, já em aplicações viáveis e avançadas em relação a 2019

Sergio Damasceno Silva
2 de março de 2022 - 13h41

Spot, da Boston Dynamics e IBM, usa modelos preditivos para melhorar as rotas e executar tarefas como subir escadas e abrir janelas (Crédito: Sérgio Damasceno)

Num ano em que os carros autônomos sumiram e os telefones voltaram ao Mobile World Congress (MWC), os robôs, já integrados à 5G, têm sido atração à parte pela diversidade de serviços que podem oferecer, que vão desde algo prosaico como interpretar que drink a pessoa quer até um cão-robô que, baseado em algoritmos e cálculos matemáticos, é capaz de aprender com o dono (ou tutor?) as rotas mais racionais. Inclusive, Spot, o cão-robô da Boston Dynamics em parceria com a IBM, consegue subir escadas e abrir janelas.

No estande da Telefónica, foi apresentado o garçom Kime, que, por sensores, consegue estabelecer uma relação de conhecimento com o cliente e servir bebidas conforme o gosto de cada um, seja vinhos, sucos, coquetéis ou copos de água. A controladora da Vivo apresentou tanto o Kime, que é o 5G bartender, desenvolvido coletivamente com Macco Robotics, Bee the Data e Raventós Codorníu, quanto o Spot da Boston Dynamics (também em exibição no estande da IBM). O Spot é um cã-guarda-robô: pode ser utilizado para tarefas de vigilância e segurança em ambientes empresariais reais, por períodos de longas horas, ou de grandes distâncias ou, ainda, em ambientes perigosos que desencorajam as pessoas a realizar essas tarefas.

A cerveja Estrella Damm mostrou outro robô, também envolvido com bares, que serve cerveja de forma autônoma. Assim como é possível ver a robô que entrega sobremesas e porções em restaurantes das Ramblas, a Estrella Damm diz que Kime pode ajudar os garçons em horários de fluxo máximo em shows e congressos. O robô é capaz de tirar um copo de um dispenser, colocá-lo sob a alça, fechar a torneira e depositá-lo no balcão.

O Spot do estande da IBM e Boston Dynamics não deve ser chamado de cachorro, segundo o apresentador que explicou os detalhes de seu funcionamento. Esse projeto inclui software que, por questões de baixa latência (da 5G) e segurança, inclui edge computing (os dados são processados ​​apenas na própria máquina, e não na nuvem).

A Xiaomi, sim, permite que o robô quadrúpede inspirado em cães, seja chamado de cachorro: é o CyberDog. O aparelho foi apresentado no ano passado na China com o objetivo de ser um companheiro para as pessoas. É a primeira fez é apresentado ao público no MWC. O CyberDog velocidade de rotação de 220 rotações por minuto e uma velocidade de corrida de até 3,2 metros por segundo e tem bateria limitada a 5.000 mAh que oferece uma hora de autonomia. A marca asiática não tem planos de comercializá-lo fora do país.

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