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Os planos de Elon Musk com a Starlink

Braço de internet por satélite da SpaceX deve iniciar oficialmente suas operações em agosto e já conta com duas parceiras da indústria de telecomunicação

Taís Farias
30 de junho de 2021 - 6h03

O fim do segundo dia de evento da edição 2021 do Mobile World Congress (MWC) foi marcado pela presença de Elon Musk. O motivo que levou o empresário, fundador da Tesla e CEO da SpaceX, ao MWC tem nome e deve começar suas operações oficialmente em agosto, a Starlink. A proposta da Starlink é ser um braço da SpaceX que oferece internet via satélite para as operações aeroespaciais e regiões afastadas no mundo, que não têm acesso fácil à comunicação.

Elon Musk, CEO da SpaceX, fez participação virtual no MWC 2021, falando sobre a Starlink (Crédito: Reprodução)

“Bem, há uma necessidade de conectividade em lugares onde as redes não chegam ou a atividade é muito limitada e cara”, explicou Musk. No evento, o fundador da Tesla revelou que já conta com mais de 1,5 mil satélites no ar e espera alcançar cerca de 30 Terabytes por segundo em dados. Ele também afirmou que a companhia já está pronta para operar em 12 países e que segue acrescentando nações em sua lista. O objetivo é cobrir áreas de baixa e média densidade.

Quando questionado sobre o patamar de investimento necessário para a operação da Starlink, a resposta de Musk foi ampla. O executivo estima investimento de, pelo menos, US$ 5 bilhões, mas que pode avançar até os US$ 30 bilhões para viabilizar o braço de internet via satélite.

Em busca de parceiros
A presença do CEO da SpaceX no MWC não tinha como único objetivo posicionar a Starlink no ecossistema de tecnologia móvel. Havia também uma dúvida se a companhia pretendia, potencialmente, competir com outras empresas de telecomunicações. Ao lado dos principais players da indústria, Musk afastou essa possibilidade e apresentou sua tecnologia como “bom complemento para a fibra e o 5G”, afirmou.

Musk apontou que sua estrutura pode ser útil para as empresas de telecomunicações, como backhaul, porção da rede responsável por fazer a conexão entre o núcleo e as sub-redes periféricas. Nesse sentido, sem citar detalhes, anunciou que a Starlink já conta com parceiras no setor. “Temos duas parcerias significativas com grandes empresas de telecomunicações”, afirmou, dizendo que continua conversando com outras companhias em busca de novos nomes.

Na entrevista, Justin Springham, publisher do Mobile World Live, questionou o executivo sobre outras tentativas falhas de empresas que, no passado, apostaram em internet por satélite. Muskrebateu: “O que acontece frequentemente com a tecnologia espacial é que, ironicamente, tende a ser a tecnologia que já existe em solo. As empresas têm sido muito conservadoras”, disse. O executivo aposta em novas soluções tecnológicas, diferentes das que já foram testadas em órbita. “Adotamos a abordagem oposta e faremos uma tecnologia que é, em alguns aspectos, pelo menos mais avançada do que a que está no solo e com a chance de se mostrar mais resiliente”, acrescentou.

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