Publicidade

Home office e casas conectadas ampliam oportunidades das teles

Pesquisa da Lenovo apontou que apenas 50% dos profissionais em home office têm ferramentas necessárias para serem produtivos dentro de casa

Taís Farias
2 de julho de 2021 - 14h42

Desde o ano passado, com as restrições impostas pela Covid-19, para muitas pessoas, as casas se tornaram o único espaço disponível para trabalhar, estudar e interagir com os familiares. Como consequência dessa necessidade, os lares viraram verdadeiros hubs digitais. Isso criou oportunidades de negócios para empresas de tecnologia e telecomunicações que precisaram acompanhar a demanda do consumidor nessa adaptação, que fez as casas virarem escritórios e salas de aula.

Apesar do avanço da vacinação ao redor do mundo, muitas destas transformações devem deixar importante legado na maneira na forma como se realizam as atividades. Pesquisa da Accenture apontou que 53% da população analisada, que nunca tinha trabalhado em home office antes da pandemia, pretende manter o modelo, mesmo que de forma parcial, depois da crise sanitária. No mesmo estudo, 49% dos entrevistados responderam que pretendem ampliar a frequência com que se conectam com seus familiares de maneira digital. A mudança de hábitos é ainda mais sensível nos públicos mais jovens. Entre a geração Z, 41% preferem fazer consultas via telemedicina.

Com esse cenário em vista, no painel O novo papel da sua casa do MWC, marcas dividiram suas estratégias para tornar os lares conectados e aproveitar o potencial de negócio criado por essa transformação.

Devices e trabalho
“Realmente acredito que a tecnologia pode resolver problemas e, no último ano, a conectividade ganhou esse jogo”, apontou Jerry Paradise, VP de commercial product & portfolio na Lenovo PCs e smart devices. Fabricante de devices e processadores, a companhia atacou a missão de fornecer melhor experiência para o home office como uma das suas principais metas.

Jerry Paradise, VP de commercial product & portfolio na Lenovo PCs e smart devices (Crédito: Reprodução)

Em pesquisa, a companhia chegou ao dado de que apenas 50% dos profissionais que estão trabalhando em home office sentem que têm as ferramentas necessárias para serem produtivos dentro de casa. A partir dessa análise, a Lenovo desenvolveu três pilares que estão sendo usados como guia para aprimorar suas ofertas e criar produtos. O primeiro deles é o reconhecimento de que o conceito de colaboração mudou e, agora, demanda novas estruturas. “Áudio e imagem são extremamente decisivos para a colaboração”, afirmou Paradise. Nesse sentido, a Lenovo investe na conexão entre inteligência artificial IA) e áudio, para permitir reconhecimento de voz, tradução e correção de barulhos externos. Apesar de desafiador, visto a incompatibilidade da estrutura dos notebooks e de lentes mais avançadas, a companhia quer melhorar a resolução das imagens e negocia com plataformas como Google e Microsoft, já que suas aplicações para reuniões não aproveitam todo o potencial das imagens.

Os outros dois pontos essenciais para a Lenovo são: conexão rápida e estável e culturas empresariais focadas na nuvem. “O 5g está em seu estágio inicial, mas a conexão vai continuar progredindo. Você precisa ter a tecnologia certa para tirar vantagem desse potencial”, defende o VP da Lenovo. “Precisamos entender e desenvolver as ferramentas e tecnologias necessárias para criar um ecossistema produtivo e prazeroso de trabalho”, concluiu.

Expansão doméstica
A Telefónica está aproveitando este momento para ampliar sua estratégia de “casa digital”. “Nesse novo mundo, a Telefónica vai exercer papel-chave como catalisador da digitalização”, defende Antonio Guzmán Sacristán, diretor de digital home da companhia. O objetivo é aproveitar a base de clientes e a imagem que construiu como operadora para ampliar sua atuação dentro das casas, com devices. O ecossistema de casa digital vem sendo desenvolvido em vários países, mas conquistou maior relevância na Espanha. “Simplificamos a maneira como as pessoas interagem com a tecnologia”, aponta Sacristán. A plataforma, baseada em IA, aposta no conceito de home as a computer. Nele, todos aparelhos da casa podem ser conectados e orquestrados. O sistema poderia, por exemplo, reconhecer um ar condicionado ligado sem a presença de um morador e avisar o usuário ou, automaticamente, desligar o aparelho.

A Aura, assistente virtual da companhia, é outra aposta dessa estratégia. A Telefónica pretende dar mais escala para essa ferramenta em seus canais de atendimento. No WhatsApp, 91% dos usuários brasileiros dizem que ficaram satisfeitos com a Aura após o atendimento. Com a Movistar TV+, operadora de TV paga da empresa, a tele e investe no Living Apps, ação de TV commerce que permite que qualquer marca coloque seu e-commerce dentro do sistema da operadora. Para o futuro, o executivo enxerga “uma casa que permite ampliar a relevância dos serviços para seus moradores, abrindo seu ecossistema”, prevê.

Publicidade

Compartilhe

  • Temas

  • antonio guzmán sacristán

  • jerry paradise

  • accenture

  • lenovo

  • Telefônica

  • aura

  • Casas Conectadas

  • computação em nuvem

  • home office

  • MWC

  • mwc 2021

  • mwc híbrido

  • nuvem

  • tv commerce

Patrocínio