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Inteligência artificial: a automação além da tecnologia

Em 2025, um terço dos fornecedores móveis de rede já terá automatizado 80% de seus serviços, com o objetivo de gerar novas receitas

Victória Navarro
29 de junho de 2021 - 14h14

O uso de inteligência artificial (IA) pelas teles não é novo. O mercado já conta com diversas empresas de telecomunicações que utilizam o campo das ciências da computação para otimizar operações de conectividade e aprimorar o suporte ao cliente. Em 2025, por exemplo, um terço dos fornecedores móveis de rede já terá automatizado 80% de seus serviços, com o objetivo de gerar novas receitas. O dado da pesquisa “Network Transformation 2020”, realizada pela GSMA Intelligence, empresa focada em fornecer insights a respeito da indústria móvel, foi apresentado durante o painel “AI para telecomunicações: a automação trata apenas de tecnologia?”, transmitido pelo Mobile World Congress (MWC), nesta terça-feira, 29. Moderado pelo Pablo Iacopino, head de estudos e conteúdo comercial da companhia especializada em estudos do setor de telecomunicações, o encontrou contou com Summer Chen, genaral manager do departamento de branding e comunicação da ZTE Corporation, Marc Price, CTO da Matrixx Software, Tim O’Shea, CTO da DeepSig, e Patrick Joggerst, CMO da Ribbon.

Tim O’Shea, CTO da DeepSig, Pablo Iacopino, head de estudos e conteúdo comercial da GSMA Intelligence, Patrick Joggerst, CMO da Ribbon, Marc Price, CTO da Matrixx Software, e Summer Chen, genaral manager do departamento de branding e comunicação da ZTE Corporation (crédito: reprodução/MWC)

Agilidade e latência
As teles estão implantando IA em quatro áreas: operadoras de rede — planejamento, implantação, operações rotineiras, manutenção, espectro, segurança e eficiência energética –, entrega de serviço — configuração e ajustes de serviço e gestão automática de contrato –, experiência do cliente — chatbots, publicidade direcionada de marketing, promoções contextuais e preços — e novos negócios – micros serviços, análise de dados, soluções baseadas em plataforma, assistentes digitais e speakers inteligentes. “Há muitos avanços em todas essas categorias. Porém, a área de operadoras de rede destaca-se. As teles buscam, com a inteligência artificial ampliar suas oportunidades de negócios e automação, mas, especialmente, economia e eficiência”, disse Pablo.

O head de estudos e conteúdo comercial da GSMA Intelligence destacou que é um desafio compreender quais são as prioridades das teles. Entre elas, estão: computação de borda, automação da rede e de entrega de serviços, uso da nuvem e tecnologias da informação e parcerias de integração de sistemas. “Com certeza, a implementação do edge e a busca por redes mais automatizadas apresenta mais dificuldades”, afirmou.

As novas aplicações de IA ajudam no processo de transformação digital. Segundo Summer, “a capacidade de prever comportamentos permite que a gente tenha um balanço em nossos investimentos”. A pandemia da Covid-19 vem acelerando a necessidade de integração de conectividade e novos requisitos corporativos de desempenho, como agilidade e latência, com a busca contínua em impulsionar o crescimento de negócios. Operações totalmente automatizadas, orientadas por IA, e infraestrutura tornaram-se uma prioridade para as telecoms.

Para Tim, se olhar para todos os processos, a inteligência artificial tem maneiras únicas de auxiliar as marca. “É um tempo muito animador para explorar, testar e aperfeiçoar as aplicações”, afirmou. Patrick complementou: “Os consumidores estão, cada vez mais, em busca de soluções que possam ser construídas junto”.

O Marc Price, CTO da Matrixx Software, ressaltou a importância do 5G (quinta geração de telefonia móvel) na transformação digital. A empresa focada em soluções de monetização 5G nativas da nuvem, anunciou, neste ano, os resultados de desempenho de sua implementação da IBM Cloud for Telecommunications. Antecipando a necessidade urgente dos provedores de serviços de comunicações de orquestrar seus investimentos no 5G, Matrixx Software estabeleceu um marco de desempenho de 200 mil transações por segundo.

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