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E eu com o Metaverso?

Do lado corporativo, a expectativa é que o metaverso crie ambientes de trabalho em que colaboradores possam interagir de forma mais próxima onde quer que estejam


3 de março de 2022 - 18h27

O metaverso está na moda, atraindo investimentos bilionários de empresas como Meta e Microsoft. Mesmo assim, conceitualizar o que é metaverso não é tão simples como imaginamos. Tangibilizar-lo também não.

A palavra metaverso vem da junção de duas palavras: “meta” que significa “além” e do substantivo masculino “universo” ou seja “além do universo”. Mas na realidade, o que significa é a criação de um ou mais universos virtuais onde diferentes usuários podem interagir ao mesmo tempo através de diferentes tecnologias usando seus avatares. Mas até este ponto, o que se discute é que em algum momento no futuro teremos interações envolvendo diferentes sentidos; chega-se até a falar em fusão entre os dois mundos.

Essa indefinição conceitual faz parte do momento que o metaverso vive agora: trata-se de uma tecnologia em desenvolvimento. Diversas marcas nos últimos meses têm investido em ações no “metaverso”, especialmente no universo dos games como Roblox e Fortnite. Neles, já se comercializam roupas (skins), terrenos, equipamentos para os jogos específicos e até mesmo grandes eventos com a presença de milhões de pessoas através de seus avatares para verem o último episódio da temporada de um game, ou se divertir em um show virtual de seus ídolos.

Se levarmos em conta que a palavra significa criar uma realidade alternativa, os videogames podem ser considerados o local/universo onde mais podemos experimentar o metaverso, ainda que embrionário. E por esta razão é esperado que muitas novidades na área nos próximos anos venham neste segmento, ainda mais com o avanço da penetração dos óculos de realidade virtual e aumentada.

Mas há outros caminhos onde o metaverso apresenta um mar de oportunidades. Na educação, por exemplo, com a evolução do homeschooling, seria possível criar ambientes em que alunos possam interagir de forma mais espontânea, com

efeitos positivos no aprendizado e na socialização de crianças e adolescentes. Ainda num contexto educacional, o metaverso pode ser uma ferramenta para criar narrativas mais imersivas no ensino. Imagine como poderiam ser estimulantes aulas de história com o apoio de uma realidade virtual que conduzisse os alunos à ilustração dos fatos narrados pelo professor?

Do lado corporativo, a expectativa é que o metaverso crie ambientes de trabalho em que colaboradores possam interagir de forma mais próxima onde quer que estejam. Isso também é convergente com os modelos de trabalho remoto e híbrido, que foram mais adotados a partir da pandemia. De acordo com levantamento divulgado em 2019 pela integradora de TI Infobase, até 70% das empresas devem implementar soluções imersivas para consumidores e colaboradores até o final deste ano.

Nos dois casos, não há nenhum formato inovador, e sim um aprofundamento de formatos já existentes. Há 20 anos frequentamos salas de reuniões virtuais, dividindo um espaço virtual enquanto não estávamos no mesmo local físico. É claro, com o metaverso, a experiência se torna mais imersiva do que simplesmente dividir a tela com os seus colegas.

A verdade é que no metaverso não há limites conhecidos, o que nos permite sonhar e criar qualquer realidade. O importante é que esta tecnologia seja cuidada e usada de forma positiva; ajudando pessoas a viverem diferentes emoções, conhecerem lugares, aprenderem com novas culturas de maneira imersiva sem precisar sair fisicamente de casa.

E para você, o que é o metaverso?

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