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Enquanto o 5G não vem

Na falta da rede, consumidores podem aproveitar os avanços tecnológicos relacionados a produtos conectados, mensagem de texto e voz e mobildade


28 de fevereiro de 2019 - 8h16

O que mais se ouve, se vê e se discute pelos imensos pavilhões na MWC é o novo mundo que se anuncia após implementação do 5G. Todo ecossistema de Telecom está pronto para uma onda massiva e global. Fabricantes de antenas, chips, modens, smartphones e, claro, as operadoras, anunciam em ritmo frenético seus planos e tecnologias.

Há muitas outras empresas no evento que gravitam em torno de Telecom, mas fazem uso da tecnologia como meio e, portanto, são aquelas com soluções de negócios que passam ao largo da dependência (ou expectativa) pelo 5G.

(Crédito: Hitesh Choudhary/Unsplash)

Enorme parte das inovações em produtos conectados (escova de dente, travesseiro, teste de urina, mamadeira e coleira, por exemplo) não dependem do 5G. Plataformas de mensageria e construção de bots começam a ocupar espaço nobre no evento e também não precisam de 5G. Empresas que compõem o mercado de mídia, publicidade e dados estão cada vez mais robustas no entendimento do consumidor móvel e tampouco precisam do 5G para isso.

Ou seja, o 5G será transformador numa dimensão ainda não imaginada. No entanto, o mundo de mobilidade avança e se renova, independente da nova rede.

Do outro lado da linha, como sempre, está o consumidor. E para ele que há que se pensar a renovação de experiências digitais num cenário de hipervelocidade e baixíssima latência.

Pegue por exemplo o consumo de vídeo que já é massivo em mobile devices. O clube de futebol Barcelona anunciou que será o primeiro estádio do mundo com cobertura 5G. Ato contínuo, o clube divulgou que irá avançar na produção de vídeos e experiências em VR para torcedores em todo mundo.

Airbus desfilou uma série de aeronaves já apontando uma renovação enorme no que entendemos por transporte aéreo. Há drones não tripulados e já ensaios de pequenos veículos voadores tripulados e autônomos.

No mundo da comunicação, por outro lado, as atenções se voltam a lógica conversacional. Como criar, amplificar, mensurar e engajar consumidores em flows de conversa via texto e voz, são questionamentos que permeiam várias soluções apresentadas aqui. Curioso notar que o mundo de entretenimento em Telecom começou exatamente com voz e texto (à época, o SMS). A novidade não está no formato, mas na capacidade de tornar as relações conversacionais mais inteligentes e fluidas.

Para falar a verdade, enquanto o seu 5G não vem, é a Inteligência Artificial a verdadeira dona na maior feira de mobilidade do mundo.

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