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“Veremos o dado como o combustível da criatividade”

Chief Experience Officer da Tribal Worldwide em Londres, Adam Power fala sobre a forma como os dados podem qualificar o trabalho das agências

Bárbara Sacchitiello
27 de fevereiro de 2019 - 15h00

Adam Power é chief experience officer da Tribal Worldwide em Londres (Crédito: Divulgação)

Citado como o “novo petróleo” em praticamente todos os painéis do Mobile World Congress, o dado tornou-se o elemento principal para conhecer – e se aproximar – das pessoas. Em um mundo que caminha para uma evolução digital na qual as jornadas das pessoas estarão, passo a passo, registradas em nuvem, quais serão os desafios da indústria criativa para impactar os consumidores?

O impacto da inteligência artificial na publicidade foi o tema de um dos painéis desta quarta-feira do Mobile World Congress, do qual participou Adam Power, chief experience officer da Tribal Worldwide. Baseado em Londres, o executivo alertou que, no atual cenário digital, as agências e criativos terão de ser ainda mais transparentes e responsáveis com as informações dos consumidores e usar da sensibilidade para, através dos dados, contar histórias e criar mensagens que impactam as pessoas.

Após a apresentação, Power, que vem pela primeira vez ao MWC, conversou com a reportagem sobre os impactos do uso de dados pela indústria criativa. Veja:

Meio & Mensagem: Como a inteligência artificial ira impactar a indústria da publicidade?
Adam Power: Acho que tem potencial para impactar tudo. Há alguns setores da indústria criativa muito céticos e desdenhosos em relação à possibilidade da Inteligência Artificial substituir a criatividade humana. Mas não acho que, no futuro, ela vai influenciar a expressão da criatividade, até porque sua essência está em um ser humano tentando se comunicar com outro ser humano. Mas acho que essa adaptação é dolorida e todas as áreas terão de se transformar rapidamente porque elas têm potencial para isso. Acho isso ainda mais relevante e diferente para líderes criativos e diretores executivos de criação de agência. Precisamos ver como eles terão paciência para colocar a Inteligência Artificial no craft e nas coisas que eles produzem.

M&M: Como a Tribal vem trabalhando para equilibrar o uso de dados com o livre exercício criativo?
Power: Certamente veremos o dado como o combustível que dá energia para a expressão da criatividade. Os dados geram oportunidades para o trabalho criativo ser melhor, ter mais impacto, ser mais relevante e entregar exatamente aquilo que os clientes precisam. O uso de dados é uma constante oportunidade de tornar nosso trabalho melhor. Já é uma parte intrínseca de nosso negócio e não nos imagino, por exemplo, trabalhando um briefing sem conversar antes com a área responsável pelos dados.

M&M: Por que um evento como o Mobile World Congress pode ser importante para a indústria criativa?
Power:
É minha primeira vez aqui e vejo um componente massivo de tecnologia e negócios. Mas acho que é interessante para a indústria criativa aproveitar a presença desse grande grupo de pessoas no mesmo lugar porque a escala disso pode ser extraordinária, em termos de negócios. Os desafios criativos não são o foco, mas há muitas conversas interessantes acontecendo e é preciso estar disposto a navegar nesse meio. Pelo o que estou vendo, representa sim uma grande oportunidade para nossa indústria.

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