Data driven mobile experience
Estratégias mobile como canal de ativação de audiências voltaram ao centro do debate no MWC 2018
Estratégias mobile como canal de ativação de audiências voltaram ao centro do debate no MWC 2018
28 de fevereiro de 2018 - 12h21
Andando pelos corredores da feira ou mesmo acompanhando as novidades divulgadas por aqui, e por aí, podemos perceber que o uso de estratégias mobile como canal de ativação de audiências voltou às luzes do MWC este ano.
É algo interessante de se ver pelo fato do tema em si ter ficado em segundo plano no evento do ano passado e muitos acreditarem que a batalha do mundo da mídia mobile já está ganha pelo duopólio existente dos gigantes.
O que mudou então?
Acredito que duas coisas.
A primeira, advertising em si virou uma visão míope no mundo mobile. Hoje, o foco passa a ser em ativação, engajamento e experiência, independentemente de ser ou não através dos ads tradicionais que todos conhecem. Apenas uma mudança de nome? Não, na verdade uma forma diferente de pensar, planejar e executar projetos que tenham como objetivo aproveitar a proximidade e pessoalidade do canal mobile para uma interação mais agradável para os que recebem as marcas em seus devices pessoais.
A segunda, data. Sim, por muito tempo, e principalmente no mundo desktop, a análise do comportamento dos usuários digitais era bem restrita, ficando à mercê de dados de navegação ou na busca de match por CPF, que não necessariamente era algo fácil e escalável.
Nesse mundo, os players do duopólio, desfrutando de um volume enorme de audiência, com alta frequência de acesso e um volume gigantesco de dados, considerando que possuem um grande volume de acessos logados, nadaram de braçada vendendo audiências altamente segmentadas e em muitos casos uma melhor performance ao encontrar targets específicos.
A diferença agora, no “novo mundo mobile”, é o entendimento de que existem outros players nesse jogo. Pensando em volume de usuários, pensem nos fabricantes e operadoras. Todo usuário mobile pertence à base de um fabricante e de uma operadora. Porém, esse volume de usuários até então não era considerado audiência. O que faltava então para transformá-los em audiência?
Data driven: sim, apesar de as operadoras terem uma grande represa de dados, não necessariamente eles eram organizados em prol de oportunidades no mundo do advertising. O mesmo acontecia com os fabricantes, que mesmo possuindo um bom entendimento sobre comportamento dos usuários de seus aparelhos, não transformavam esse know-how em oportunidades de ativação. Isso tudo vem mudando com diversas inciativas através de projetos internos, parcerias ou aquisições de fornecedores de soluções com foco em melhor coletar e analisar os dados para criar audiências segmentadas.
Experience: o mundo de ativação das operadoras durante muito tempo foi pautado por estratégias de mensageria via SMS, utilizando apenas texto e sem interação e experiência. Isso também vem mudando bastante, seja pelo uso do SMS de forma mais rica e interativa, ou pelos novos formatos como Smart Message, Push, Captive Portal WiFi, além de diversos ativos digitais que as operadoras estão criando e/ou comprando com objetivo de gerar novas oportunidades de contato. O mesmo acontece com os fabricantes que passam a criar seus apps, serviços proprietários ou white label com a intenção de abrir seu leque de oportunidades de contato.
Esse é o cenário de fundo que traz ao MWC de 2018 uma série de empresas com o objetivo de “armar” operadoras e fabricantes para ganhar seu espaço em meio ao duopólio até então travado em nosso mercado.
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