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MWC 2018: creating a better future

Existe um debate muito forte sobre o impacto da tecnologia e o mundo mobile faz parte desse cenário no que diz respeito à economia, política, educação etc.; e existem impactos negativos como fake news, echo chambers


21 de fevereiro de 2018 - 11h35

Em 2017, foram mais de 100 mil visitantes em Barcelona para o Mobile World Congress (MWC). Eu era um deles. Neste ano, pela décima vez, vou acompanhar os lançamentos em handsets, tecnologias etc. Mas é preciso lembrar o que já vi e o que mudou nos últimos anos para expressar o que espero em 2018.

Durante muito tempo, o evento foi simplesmente tecnológico. Ou se viam lançamentos de celulares ou soluções de rede, antenas etc. De uns tempos para cá, muita coisa mudou, ou seja, o MWC seguiu o mundo. A mudança foi rápida. Desde 2007 — quando o iPhone chegou ao mercado —, a economia mobile se transformou. Empresas mobile only surgiram. Empresas viraram mobile first. E Barcelona começou a ter um evento menos formal e mais casual.

Foram montados espaços específicos para aplicativos e seu ecossistema (App Planet), ambientes exclusivos para start-ups e simulações de cidades conectadas, estandes com carros conectados/autônomos, além de empresas mostrando que o smartphone não é o único player desta revolução mobile only/first. Óculos de realidade aumentada, relógios e pulseiras conectados, e robôs são alguns dos “instrusos” do mundo mobile.

Na edição passada, a GSMA (organizadora do evento), usou a expressão “Mobile is everything” para mostrar que a internet virou móvel, que os dispositivos são móveis etc etc.

Creating a better future: essa é a tagline de 2018.

Os motivos podem ser muitos, mas, na minha visão, existe um debate muito forte atualmente sobre o impacto da tecnologia. E, consequentemente, o mundo mobile faz parte desse cenário no que diz respeito à economia, política, educação etc. Existem impactos negativos obviamente: fake news, echo chambers.

Mas há também reflexos positivos que, aliás, deveriam ser mais evidentes do que os negativos, indo desde o acesso à informação em locais com limitações governamentais até soluções tecnológicas capazes de contribuir para a cura de doenças, como o uso do 5G em telemedicina.

Desta vez, acredito que o MWC traga análises relativas a essas implicações (positivas e negativas) nos painéis e keynotes. Ao mesmo tempo, espero ver estandes mostrando quem está evoluindo, de fato, em inteligência artificial e machine learning para melhorar a experiência dos usuários, novos lançamentos (não tenho a expectativa de encontrar muita coisa por aqui), 5G e os seus possíveis usos, mais carros, óculos e wearables.

O legal de estar em um evento tão grandioso é o fato de ter acesso a uma quantidade enorme de oportunidades, já que ainda atuamos em economias emergentes. Implementar a navegação patrocinada, por exemplo, onde o pós-pago representa a maior fatia do mercado é bem mais difícil do que em países com maioria dominante de planos pré-pagos, uma economia em recuperação (lenta) e custos exorbitantes. Em recente pesquisa da Millward Brown, foi constatado que oito em cada dez entrevistados gastam todo o seu pacote de dados do mês. É neste momento que conseguimos unir as empresas aos seus consumidores. De outro jeito, talvez, não fosse possível reter a atenção das pessoas.

Por outro lado, em termos de tecnologia em automação de mídia e uso de redes sociais, estamos equiparados aos países desenvolvidos. Aliás, em termos de publicidade, o Brasil sempre esteve bem, seja na qualidade criativa, seja no uso de tecnologia. E continuamos assim. Quanto maior o acesso à tecnologia, maiores serão as possibilidades de interação entre consumidores e marcas. Vídeos, chatbots, real time ads já viraram realidade no nosso dia a dia. Basta virar realidade no dia a dia de todo mundo.

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