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O que impressiona sempre no MWC é a velocidade com que o conceito de mobilidade se expande e os novos players que começam a fazer parte do cenário da feira
O que impressiona sempre no MWC é a velocidade com que o conceito de mobilidade se expande e os novos players que começam a fazer parte do cenário da feira
28 de fevereiro de 2017 - 10h00
Começou em Barcelona o Mobile World Congress (MWC). Neste ano, a expectativa é que 100 mil pessoas passem pelo evento para conferir as últimas novidades das principais marcas de tecnologia. Durante muitos anos atuando no mercado de telecom, o MWC sempre foi parada obrigatória no mês de fevereiro.
Há três anos não participava da feira, e confesso que já estava com saudade. Saudade dos amigos da indústria, da agitação em torno dos lançamentos e das pequenas e grandes descobertas que fazemos ao caminhar pelos imensos pavilhões, onde mais de duas mil empresas se reúnem para apresentar seus produtos e soluções de mobilidade.
E por falar em saudade, a Nokia foi notícia. Depois de 17 anos, o Nokia 3310 está de volta, redesenhado. E, é claro, vem com o Snake. E a dose de nostalgia foi potencializada com o lançamento da Blackberry Key One. Quem experimentou o teclado da Blackberry, sabe o quão difícil foi a migração para era touch.
A Samsung vai revelar o Galaxy S8 no dia 29 de Março em NY e anunciou o Galaxy Tab S3 e o Samsung Galaxy Book. A LG trouxe o G6 e novos smartwatches. A Sony anunciou seu novo trio de smartphones, com destaque para o Sony Xperia XZ Premium. A Lenovo oficializou o Moto G5 e G5 Plus. Já a Huawei evoluiu o seu P9 e apresentou o P10 e o P10 plus.
Não há dúvida de que os veículos conectados serão um importante motor de crescimento da indústria da mobilidade, afinal a rede móvel estará no centro do futuro do segmento automotivo
Mas, o que impressiona sempre no MWC é a velocidade com que o conceito de mobilidade se expande e os novos players que começam a fazer parte do cenário da feira. A edição deste ano dedicou um dia inteiro à indústria automotiva, para falar de carros conectados e autônomos. Quatro fabricantes marcaram presença no evento: Peugeot, Ford, Daimler e BMW. E se considerarmos a CES, que já anda sendo chamada de “Car Electronics Show”, como um indicador de tendências, podemos esperar mais marcas em 2018.
A Peugeot apresentou o seu carro conceito – o Instinct – que traz uma parceria com a plataforma de IoT da Samsung, agregando dados de smartwatches, smartphones e redes sociais, podendo inclusive mudar a posição do banco e a iluminação do carro de acordo com a frequência cardíaca do motorista. A Ford anunciou parceria com a Vodafone e prometeu trazer ainda este ano carros 4G LTE sobre Wi-Fi para os seus carros, com capacidade para conectar até 10 devices simultaneamente. A Mercedes exaltou a realidade virtual, mostrou os próximos passos rumo ao carro cognitivo e estreiou o seu “smart ready to share”, que permite que o dono compartilhe as “horas vagas” do seu carro com amigos. A BMW deve revelar novos planos de conectividade até o final da semana.
Não há dúvida de que os veículos conectados serão um importante motor de crescimento da indústria da mobilidade, afinal a rede móvel estará no centro do futuro do segmento automotivo, que mudará mais nos próximos 5 a 10 anos do que mudou nos últimos 50 anos.
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