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A experiência no Mobile World Congress

Como aproveitar as oportunidades de aprendizado e negócios do evento que reúne tecnologias e plataformas que farão cada vez mais parte do nosso dia a dia


24 de fevereiro de 2017 - 17h13

Imagine um lugar com mais de 100 mil pessoas falando sobre mobile. Sim, este lugar existe, e é o Mobile World Congress, maior evento sobre mobile no mundo. Comecei a investir 100% do meu tempo em mobile em 2004, numa época em que o melhor aparelho de celular conseguia entrar num site WAP numa velocidade 2G. Ou seja, era preciso esperar intermináveis 30 segundos para poder acessar uma página com um texto simples e no máximo um gif (não podia ser animado).

Passados três anos ouvindo falar do Mobile World Congress, através de amigos que iam para o evento, tive a oportunidade de ir pela primeira vez em 2007. Lembro de ter chegado na cidade e tudo estava “pintado” de Mobile World Congress: outdoors, ônibus, stands nas ruas, pessoas entregando folhetos, etc. Na época, 40 mil pessoas foram para o que já era o maior evento Mobile do mundo.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Comprei o ingresso mais barato, por volta de 700 euros. Só me dava direito a entrar no evento, ver os stands e assistir a uma meia-dúzia de palestras gratuitas promovidas por algum patrocinador, que claro estaria tentando vender alguma coisa. O plano seria passar rapidamente pelos stands, ver algumas palestras e fazer algumas reuniões com clientes e prospects brasileiros que estavam no evento.

O “problema”é que, ao chegar lá, os stands já eram dezenas de milhares. As palestras gratuitas eram centenas. Os clientes e prospects estavam todos lá com diversas reuniões já agendadas. E aí, vocês podem imaginar: uma maratona. O dia começa cedo e acaba tarde, os stands são excepcionais e há pessoas do mundo todo apresentando seus produtos. Tudo que há de mais moderno está lá e cada parada num stand interessante exige entre 15 e 30 minutos. Cada palestra gratuita dura entre 30 e 60 minutos e um intervalo para conversar com um prospect ou cliente leva mais 30 minutos. E, em paralelo, ainda havia as ligações do Brasil sobre projetos do dia a dia – naquela época não havia mensagens de smartphone, email e whatsapp chegando a todo segundo no seu celular.

Imagine quatro dias fazendo isso, lembrando que muito provavelmente os conteúdos que você verá serão novidade, ou seja, a atenção tem que ser grande. Outro ponto é o idioma: pessoas de todas as nacionalidades falando inglês com fluências totalmente diferentes. Quatro dias depois você está esgotado.

Dez anos depois, estou indo pela 11ª vez seguida ao Mobile World Congress. O público que era  de 40 mil pessoas agora é de 100 mil, e agora acontece em um lugar muito maior, obviamente. Tudo, absolutamente tudo sobre Mobile será falado no evento: 5G, AI, AR, IoT, e várias outras letrinhas que são mais do que os temas da moda, mas as novas tecnologias e plataformas que farão cada vez mais parte do nosso dia a dia, pois bilhões de dólares estão sendo investidos neste momento por diversos players de uma indústria trilionária.

Se você está vindo para o Mobile World Congress pela primeira vez, meu conselho é: faça antes um mínimo de planejamento do que você quer ver e fazer e um sapato confortável. Depois de quatro dias caminhando de um lado para o outro, você vai ter feito tranquilamente os 42Km de uma maratona.

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