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Reinventando a interface digital

Em breve, vamos começar a perder de vista a fronteira entre o real e o virtual


1 de março de 2018 - 9h31

(Crédito: Igor Ribeiro)

Uma grande tendência desse MWC com certeza foram as novas maneiras de interagir com o mundo digital. Vimos cada vez mais realidade virtual e aumentada em aplicações práticas. Por todos os lados, relógio e outros wearables mostram que estaremos conectados não só pelos nossos telefones, mas por tudo que usamos no nosso dia a dia. Além disso, nossos carros e casas também farão parte desse ecossistema digital. Cada vez mais, teremos novas maneiras de interagir com as coisas e informações e tudo será uma porta de acesso para a rede.

E uma das verticais mais importantes para a internet das coisas (IoT) é justamente o segmento de consumidores. Com tudo ao nosso redor conectado, todas as coisas formarão uma nova interface.

A Ericsson mostrou nesse MWC uma sala com realidade mista, que é uma combinação de realidade aumentada com posicionamento preciso e imersão 3D. Isso permite não só que objetos virtuais sejam adicionados ao ambiente real e que vejamos tudo como parte de uma realidade ampliada, mas também que possamos interagir com esses elementos virtuais como faríamos com objetivos reais. Esse novo paradigma de interatividade do virtual com o físico vai transformar como vivemos, trabalhamos, aprendemos e nos divertimos — e as interfaces serão cada vez mais naturais. Com essa tecnologia demonstrada pela Ericsson, o usuário pode escolher e interagir com esses objetos simplesmente olhando para eles.

Os nossos corpos também serão uma interface natural. Poderemos simplesmente apontar, encostar ou mesmo olhar para alguma coisa para interagir com ela. Num exemplo bastante simples, o usuário vê um carro novo na rua, que acaba de ser lançado. Ao invés de pegar o seu telefone, procurar pelo nome do carro, entrar na página do fabricante e aí sim poder ver o produto, ele pode simplesmente apontar, ou falar com a rede que se interessou pelo veículo – não importa se essa interface vai ser o telefone, o relógio, os óculos, porque tudo estará conectado. Num instante, ele vai poder entrar numa realidade virtual onde ele estará dentro do carro, conhecer todos os detalhes e mesmo falar com um vendedor como se estivesse na concessionária. Tudo isso sem sair do lugar, mas ao invés de procurar no smartphone e ver tudo numa tela pequena e plana, usaremos gestos e fala para interagir com essas informações, e poderemos experimentar tudo num mundo de realidade mista.

Essa visão de que estaremos conectados de várias maneiras vai além de IoT para consumidores: é uma fusão da realidade física com o mundo conectado, onde teremos muito mais liberdade para interagir com tudo ao nosso redor, real ou virtual. As assistentes virtuais também já estão por todos os lados e começarão a fazer parte também do ambiente. Só que não precisaremos falar com os nossos telefones, precisaremos apenas falar.

A inteligência artificial necessária para tudo isso é enorme. Processamento em tempo real de áudio e vídeo, com reconhecimento de padrões e tomada de decisão a partir dessa análise. E tudo isso em tempo real. Essa inteligência estará toda na nuvem, e o 5G vai permitir que tudo isso ocorra com a qualidade necessária, com a mesma sensação de imediatismo que experimentamos no mundo físico.

A Ericsson, no seu estudo de 10 tendências para 2018, mostrou que uma delas é que nosso corpo será a interface. E já começamos a ver na prática o que isso significa: em breve, vamos começar a perder de vista a fronteira entre o real e o virtual.

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