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Mas no Brasil….

A expectativa é que as tecnologias como carros autônomos, IA e 5G mostradas em Barcelona também se espalhem para os brasileiros e outros países de forma relativamente rápida


1 de março de 2017 - 9h30

carroFaz alguns anos que venho a Barcelona pro Mobile World Congress. Pra ser mais exato, desde 2008, ano em que foram lançados o Blackberry Bold, o Nokia Xpress, o iPhone 3G (segunda geração) e o HTC G1, um dos primeiros celulares Android (acredito que o primeiro). Nem todos foram lançados no evento em Barcelona, ocorrido na primeira quinzena de Fevereiro de 2008, mas marcaram esse ano.

Ao longo desses últimos anos, tenho visto a transformação de uma feira/congresso de telecom para um evento enorme de conectividade. O que antes era praticamente um evento para o ecossistema fabricantes de aparelhos, OSS & BSS (operation support system & business support system), rede, plataformas e chips agora é um conglomerado de empresas diferentes falando de IoT, carros autônomos, realidade virtual, big data, inteligência cognitiva, segurança para transações eletrônicas, cidades inteligentes, mobile advertising, entre outros muitos assuntos.

Isso torna cada vez mais interessante a discussão sobre o futuro. Até porque, cada vez mais nos parece que este futuro está mais próximo. As distâncias estão ficando cada vez menores. Países que antes eram praticamente desconectados, estão ficando cada vez mais conectados. É claro que ainda há muito pra fazer.

Mas como estamos aqui representando o Brasil, gostaria de levantar um ponto que sempre ouvi: “mas no Brasil…”. Eu chegava de Barcelona, falava sobre smartphones e ouvia: “mas no Brasil será muito caro e vai levar muito tempo para pegar”, “aqui é o país do feature phone”, etc. Eu assistia a uma apresentação de 4G e falava “aí sim, com essa velocidade poderemos ver vídeos, ouvir música em streaming ao invés de baixar 30 segundos de uma música ou esperar 10 minutos baixando um vídeo clipe de 2 minutos”. Ouvia coisas do tipo “no Brasil vai custar os olhos da cara. Mal temos rede 3G. Lá onde eu moro, nem pega direito o celular. No Ano Novo meu SMS não chega pra ninguém”.

O bom é que daqui a alguns anos continuarei trabalhando com tecnologia e verei o quanto evoluiremos até lá. Poderei fazer o mesmo retrospecto que agora e ver que em 10 anos muita coisa muda (no mundo e no Brasil)

Bom, parece que um dos assuntos desse ano está sendo realmente carros inteligentes e conectados. Não sei ainda o que irei ouvir sobre o Brasil e os carros conectados/autônomos. Provavelmente algo como: “quero só ver se o carro terá inteligência pra desviar de buracos, de ambulantes das marginais, de estradas sem marcações…”

O bom é que daqui alguns anos continuarei trabalhando com tecnologia e verei o quanto teremos evoluído até lá. Poderei fazer o mesmo retrospecto que agora e ver que em 10 anos muita coisa mudou (no mundo e no Brasil). A tecnologia trouxe avanços importantes, mudanças de comportamento e mudanças de modelos de negócios. Por mais que ainda reclamemos do sinal do celular, já conseguimos pedir um carro (que ainda não é autônomo), uma comida, ouvir música, ver séries, alugar um apto, vender/comprar coisas, fazer uma vídeo chamada e muitas outras coisas.

Passamos a estar praticamente 100% do tempo conectados. Não existe mais ponto de encontro. Basta chegar e compartilhar a localização pra que alguém te achar. Isso tudo funciona muito bem no Brasil (assim como em diversos outros lugares). E meu desejo é que o que estou vendo (carros, 5G, inteligência artificial..) aqui em Barcelona hoje também esteja disponível para os brasileiros, sul africanos, indianos, filipinos entre outros lugares rapidamente como tem sido nos últimos anos.

 

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